A Confederação Africana de Futebol (CAF) sorteou quarta-feira à noite, na cidade de Malabo, a fase final da 30ª edição da Taça das Nações, a ter lugar de 17 de Janeiro a 8 de Fevereiro, em quatro cidades da Guiné Equatorial, país que substituiu Marrocos como organizador da competição, por recear a disseminação do vírus Ébola.
O sorteio colocou a selecção de Cabo Verde no Grupo B, ao lado das congéneres da Zâmbia, Tunísia e República Democrática do Congo. A equipa cabo-verdiana, agora orientada pelo português Rui Águas, tem registado progressos no continente, depois da estreia auspiciosa em 2013, na África do Sul, sob a batuta de Lúcio Antunes, com a presença nos quartos-de-final.
Rui Águas considera ser um aspecto “positivo” do sorteio, voltar a jogar com os Chipolopolo (Balas de Cobre zambianas), tendo em conta que as duas selecções se defrontaram recentemente, no grupo de qualificação para a fase final da prova.
“É muito positivo, porque conhecemos muito bem a Zâmbia”, realçou o técnico português, que não teceu grandes considerações em relação aos outros dois adversários, Tunísia e República Democrática do Congo.
“Vamos ter de estudar essas duas selecções… Mas em relação à Tunísia, sabemos que é uma selecção muito tecnicista, com um futebol parecido com o praticado por Cabo Verde”, realçou.
O presidente da Federação cabo-verdiana, Mário Semedo, considera que qualquer equipa que está na fase final do CAN tem de estar preparada para enfrentar dificuldades.
“Temos responsabilidades acrescidas. Afinal não podemos esquecer o excelente desempenho da nossa selecção no CAN-2013”, afirmou Mário Semedo, que considera que as atenções estão viradas para Cabo Verde, que também fez uma “boa campanha” durante o apuramento.
“A qualificação no primeiro lugar do grupo, termos garantido o acesso à fase final do CAN a duas jornadas do fim da campanha são elementos que os nossos adversários certamente levarão em conta”, frisou Mário Semedo, que considera que os Tubarões Azuis têm razões mais do que suficientes para estarem “motivados e contentes”.
O Gabão de Jorge Costa, outro treinador que estará em acção na grande cimeira futebolística africana, ficou no grupo da anfitriã Guiné Equatorial, com o Burkina Faso e o Congo Brazzaville.
Destaque também para a Argélia de Brahimi, melhor jogador africano, e Slimani, que ficou colocada num grupo complicado, com Gana, África do Sul e Senegal.
Depois das dúvidas levantadas quanto à sua realização, devido ao recuo de Marrocos, a máquina organizativa da Taça de África das Nações deu mais um importante passo. No sorteio de quarta-feira foi igualmente apresentada, pela a Adidas e a CAF, a bola oficial da prova, denominada Marhaba, que tem distintos tons de azul, a representar “o céu azul dos oceanos Índico e Atlântico”.
O emparceiramento completo da fase final do CAN é o seguinte: No Grupo A estão as selecções da Guiné Equatorial, Gabão, Burkina Faso, e Congo Brazzaville, no B Cabo Verde, Zâmbia, Tunísia e República Democrática do Congo, no C Gana, Argélia, África do Sul e Senegal, enquanto no D Costa do Marfim, Mali, Camarões e Guiné Conacri.